POESÍA ESPANHOLA – ESPAÑA
Coordinación de AURORA CUEVAS-CERVERÓ
Foto: www.goodreads.com
DANIEL DE CULLA
Escritor, poeta, pintor e fotógrafo.
Membro do Collegiate Association of Spanish Writer, International Caucus of Terrestrial Writers, Poets of Word, International Author (IA), Art of Surrealism, Friends of the Blake Earth, e outros.
Diretor do Gallo Tricolor Review e Robespierre Review.
Últimos livros publicados, 2021: Dois asteróides stormed, Sniff Poesia e Minha noiva de 320 quilos.
NOVO DECAMERON. Antologia poética. Org. Rodrigo Starling, 2021. 235 p. ISBN 978-65-994-783-7-6-1
Ex. bibl. Antonio Miranda
GATO LAMERON
Gato se chama meu amigo
E não é que eu sou madrilenho
Bem, aqueles de Madrid chamados de “Gatos”
Bem, nos tempos antigos
Era uma cidade chamada “Gatil”
Pelo número de gatos que viviam nela.
—Valeu a penas ver a quantidade de gatos
Que foram colocados na sua frente
No meio das ruas e estradas
A Bruxa Coruja disse.
Meu amigo gato me disse
O que ela diz para sua amiga Pura
Quando eles vão fazer sexo:
—Puta virgem pura divina
Esse seu divino Chumino
Ilumine meu entendimento
Para que minha língua se refira ao milagre
De seus orgasmos não fingidos.
Sua urina fica turva
E sua menstruação também
Mais sobre seus lábios grandes e pequenos
Clítotis muito bem nascidos
E dos pobres amados e amados
Eu, como um cavaleiro cristão
Honesto e prudente
Vou derramar o licor de ervas “Sierra del Oso”
Do Vale de Liébana-Picos de Europa, Cantabria
Ou licor “Tizona del Cid”
Feito por monges tropistas
De San Pedro de Cardeña, Burgos
Ou licor verd “Chartreuse”
Feito pelos cartuxos
Da Cartuja de Miraflores, Burgos
Ou “Jagermeister” verde
Fabricado na cidade de Wolfenbüttel
Baixa Saxônia, Alemanha
Então, quando minha língua perseguidora
E meus lábios rigorosos
Elas te deixam cego de prazer
E, para mim, tão animado
Isso me faz pegar e provar essas frutas
Que sua montagem de Vênus
E sua barriga, atrás e na frente
Isso é um paraíso para ver
Eles me oferecem e se abrem
Sem ter que usar uma faca de frutas.
—Você não conhece Cat
Como me sinto bem
Quando Pura me diz:
—Ei, Cat, seu passarinho pode entra ou sair à vontade
Como o maçarico, o rouxinol
A rola, o viva e o melro.
—Você é um crack, amigo Gato
Vale a pena saber
Inveja de mayorales e caciques
Que dizem:
—Olha, se meu servo não lavra
Eu também não lavrarei.
*
VEJA e LEIA outros poetas da ESPANHA em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/espanha/espanha.html
Página publicada em dezembro de 2021
|